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Bolsonaro vira a chave, se distancia da ala ideológica e adota agenda mais política


O presidente Jair Bolsonaro virou a chave e agora está no modo pacificação com a política e também com o Judiciário, conforme demonstrou em discurso na manhã desta quinta-feira em cerimônia no Palácio do Planalto.
Ele participou do evento para celebrar acordo de cooperação entre o governo e o Judiciário com o objetivo de integrar bases de dados com informações sobre o ordenamento jurídico do país.
Ali, na presença do ministro Dias Toffolli, presidente do Supremo Tribunal Federal, ele falou em "entendimento" e citou tanto Toffoli como os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
"O presidente está em outra vibe e já sabe onde mora o perigo", disse um interlocutor frequente do Bolsonaro.
A mudança de Bolsonaro vem sendo notada há alguns dias. Até o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, entrou em cena para buscar o diálogo com ministros do Supremo Tribunal Federal.
No último domingo, o presidente não compareceu a atos públicos de seus apoiadores, como vinha fazendo. Nesses atos, invariavelmente os manifestantes levam faixas contra o STF e contra o Congresso.
Depois, aconteceu a demissão do ministro Weintraub que vocalizava de forma mais agressiva o discurso da ala ideológica do governo.
E, nesta quinta-feira, escolheu Carlos Alberto Decotelli da Silva para ministro da Educação, escolha que representa uma derrota da chamada ala "olavista" do governo – referência ao ideólogo Olavo de Carvalho –, uma vez que o novo ministro é militar e, embora afinado com políticas do governo, tem uma missão de abrir o diálogo com a academia, ponte que os militares gostariam de ver.
Os aliados do governo no Congresso já sentiram a mudança no ambiente político. A aprovação do marco regulatório do saneamento é considerado um ponto de inflexão que pode significar a retomada de uma agenda mais propositiva.
"O presidente está fazendo uma agenda mais política", confirmou o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).
Essa agenda mais política inclui viagens pelo país, como a que ele fará nesta sexta-feira ao Ceará para a cerimônia de abertura das comportas para abastecimento de água na região do Cariri cearense que convive com a seca há muitos anos.
O presidente deve sancionar a apelidada Lei Aldir Blanc, recém-aprovada pelo Congresso, que concede auxílio emergencial a músicos e artistas, ato que deve ser entendido como um aceno ao setor cultural, sobretudo aos músicos sertanejos, forró e gospel, segmento no qual ele já tem apoio.
Neste momento de reposicionamento político, Bolsonaro estaria se afastando do discurso mais radical que, para aliados do governo, foi comparado ao que aconteceu com o então presidente Lula, ao final de seu primeiro ano de mandato.
Naquela ocasião, Lula tentou "enquadrar" os mais radicais do PT que ficaram contra as reformas propostas pelo governo.
O resultado foi a expulsão dos rebeldes que acabaram criando o PSOL, entre eles, Chico Alencar, Luciana Genro, Heloísa Helena entre outros.
"A mesma dor na barriga que deu em Lula dá agora em Bolsonaro", disse um novo aliado.
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