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Dia da Consciência Negra: estatísticas mostram existência de grandes desigualdades entre brancos e negros

 


No dia 20 de novembro é celebrado, em todo o Brasil, o Dia Nacional da Consciência Negra, dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data escolhida homenageia Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes negros do país, que dedicou sua vida pelo fim do sistema escravocrata. Há 325 anos, Zumbi era apunhalado e sua cabeça era exposta pelas autoridades em praça pública. Mesmo após todo esse tempo, pessoas negras ainda têm de enfrentar mazelas como o preconceito, a desigualdade e a violência.

BNews compilou uma série de dados produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que explicam a realidade da desigualdade racial no Brasil.

1) Trabalhador branco ganha por hora 68% mais que pretos e pardos

De acordo com uma pesquisa do IBGE publicada em 2019, mas com dados referentes ao ano de 2018, trabalhadores pretos e pardos recebem, em média, R$ 10,1 por hora trabalhada no Brasil. Já entre os brancos, o valor médio é de R$ 17 por hora. Em média, brancos recebem por hora 68% a mais que pretos e pardos.

2) Apenas 29,9% dos cargos de chefia são ocupados por pretos ou pardos

Apesar de representarem 55,8% dos 207 milhões de cidadãos brasileiro no ano de 2018, menos de 30% dos cargos de chefia são ocupados por pessoas negras, definidas pelo IBGE como a soma de pessoas pretas e pessoas pardas. Na classe de renda mais elevada, somente 11,9% das pessoas ocupadas com cargos gerenciais eram pretas ou pardas e 85,9%, brancas.

3) Somente em 2018 que pretos ou pardos passaram a ser maioria na ensino superior da rede pública

Um dos casos mais emblemáticos de sub-representação no país, apenas há dois anos que pessoas pretas ou pardas vieram a ser a maioria dos estudantes de ensino superior da rede pública. Além disso, negros de 18 a 24 que estudavam eram 55,6%, contra 78,8% de brancos da mesma faixa etária.

4) Pretos ou pardos são maioria desempregados e subutilizados

De acordo com os números de 2018, pretos ou pardos representavam 64,2% da população desocupada e 66,1% da população subutilizada. Em relação ao mercado informal, pretos ou pardos representam 47,3%, contra 34,6% de brancos. Em relação à remuneração, o salário médio de pessoas brancas é de R$ 2.796, 73,9% superior ao da população preta ou parda, que recebia em média R$ 1.608.

5) Distribuição de renda

Pretos ou pardos representavam 75,2% do grupo formado pelos 10% da população com os menores rendimentos e apenas 27,7% dos 10% da população com os maiores rendimentos. 

6) Sem saneamento

44,5% da população preta ou parda vivia em domicílios com a ausência de pelo menos um serviço de saneamento básico, enquanto este percentual entre pessoas brancas é de 27,9%.

7) Violência

Em todos os grupos etários, a taxa de homicídios dos pretos ou pardos superou a dos brancos. A taxa de homicídios para pretos ou pardos de 15 a 29 anos chegou a 98,5 em 2017, contra 34,0 para brancos. Para os jovens pretos ou pardos do sexo masculino, a taxa foi de absurdos 185,0.

8) Política

Apenas 24,4% dos deputados federais, 28,9% dos deputados estaduais e 42,1% dos vereadores eleitos eram pretos ou pardos.

9) Analfabetismo

Enquanto a taxa média de analfabetismo de pretos ou pardo foi de 9,1% em 2018, a mesma taxa entre pessoas brancas era de apenas 3,9%.

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