A definição do nome de Baleia Rossi (MDB-SP) para a disputa na Câmara dos Deputados fez alguns parlamentares, principalmente do DEM, afirmarem nos bastidores que seria “muito poder” ao MDB ocupar as duas Casas -- Câmara e Senado. E, por isso, o DEM gostaria do apoio do MDB na disputa pela sucessão de Davi Alcolumbre (DEM). Mas a chance de o MDB topar a proposta, hoje, é zero.
Primeiro, tradicionalmente, não existe eleição vinculada entre Câmara e Senado. O próprio DEM, hoje, ocupa o comando do Congresso e isso só foi possível por jogadas solo. Nem a cúpula do DEM, nem Maia e Alcolumbre se uniram num projeto único por isso. Elegeram-se por projetos separados.
Em segundo lugar, hoje, a busca do MDB é para retomar a tradição de a maior bancada ocupar a presidência do Senado. A maior bancada é o DEM. O chamado resgaste da proporcionalidade é o principal argumento de campanha entre senadores do MDB que querem se eleger e buscam apoio- tanto do Planalto, quanto de senadores.
Para senadores experientes, não há espaço hoje para a eleição de um nome como Davi, fora do jogo tradicional. O atual presidente do Senado se elegeu em meio a um ambiente de sentimento “Anti-Renan” e “Anti Lava Jato”- o que se dissipou no parlamento. Por isso, acreditam senadores, o MDB é o mais competitivo hoje.
E argumenta também com o Planalto que o ideal é o candidato “que principalmente não cria problema para o governo, e se for simpático ao Planalto, melhor”.
No MDB, dois dos quatro postulantes são líderes do governo: Eduardo Gomes e Fernando Bezerra. Eduardo Braga e Simone Tebet também disputam a preferência da bancada.
Mas a definição do cenário de candidatos, diferentemente da Câmara, tem um outro timing. De um lado, Rodrigo Pacheco (DEM) apoiado por Davi Alcolumbre. O MDB só deve decidir por volta da semana do 15 de janeiro.
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