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Bolsonaro acusa fabricantes de seringas de elevar preços e diz que governo suspendeu compra

 


O presidente Jair Bolsonaro acusou fabricantes de seringas de terem aumentado os preços e, por esse motivo, o governo federal suspendeu a compra do material.


Bolsonaro fez a afirmação nesta quarta-feira (6), em publicação em uma rede social.


"O Brasil consome 300 milhões de seringas por ano. Também somos um dos maiores fabricantes desse material. Como houve interesse do Ministério da Saúde em adquirir seringas para seu estoque regulador, os preços dispararam, e o ministério suspendeu a compra até que os preços voltem à normalidade", escreveu o presidente.


Ele fez a declaração após o fracasso, na semana passada, de uma licitação realizada pelo Ministério da Saúde para compra de seringas e agulhas, com vista à vacinação contra a Covid-19.


O pregão previa a compra de um total de 331 milhões de seringas, mas as empresas que participaram garantiram entrega de apenas 7,9 milhões.


As empresas reclamaram que o edital encomendava seringas e agulhas como um só produto, e que os preços estavam abaixo dos praticados.


No post desta quarta, o presidente também disse que "estados e municípios têm estoques de seringas para o início da vacinação contra a Covid-19, já que a quantidade de vacinas num primeiro momento não é grande".

Segundo manifestação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), "para utilizar o estoque regular, é fundamental que se estabeleça a forma de reposição para que a população não sofra com uma possível falta de materiais para outras necessidades de saúde".


Antes da declaração de Bolsonaro, o Ministério da Saúde chegou a informar que preparava um novo processo de licitação. Nesta quarta, após a fala do presidente, a pasta nada informou.


Apesar da paralisação da compra, o governo seguiu em outra frente. Nesta semana, o Ministério da Saúde informou que vai realizar uma requisição administrativa de estoques excedentes, mecanismo previsto na Constituição pelo qual o poder público pode assumir temporariamente uma propriedade privada "no caso de iminente perigo público". Com isso, o governo espera garantir 30 milhões de seringas e agulhas.


As fabricantes afirmam que ainda não foram comunicadas oficialmente a respeito.


A Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo) informou que os preços do setor obedecem a fatores de mercado, como inflação e demanda.


O superintendente da associação, Paulo Henrique Fraccaro, disse que, por ser o comprador, cabe ao governo decidir se vai arcar com os gastos.


"Todos os preços tiveram uma inflação. Agora, cabe sempre à indústria definir qual é o preço certo que ela terá para o momento que nós estamos vivendo. Não caberá à minha entidade, à minha associação analisar qual é o preço. Por que o presidente teve essa observação e qual base ele está fazendo, trabalhando para ter essa informação? Não cabe. Cada empresa tem o seu preço", afirmou Fraccaro.


O epidemiologista Paulo Lotufo, em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta, reforçou que se o a compra de seringas e agulhas tivesse sido feita com antecedência, o governo pagaria mais barato.


"Se o governo federal tivesse feito isso em agosto, o preço seria menor, porque ele teria comprado uma grande quantidade e distribuído para os municípios. Agora, está correndo atrás de uma situação complicada, porque mesmo que essas empresas trabalhem a todo vapor, elas vão ter uma dificuldade de suprir aquilo que nós vamos estar precisando, que será por volta de 1,5 milhão, 2 milhões de seringas por dia, quando nós estivermos no pico da imunização", disse Lotufo.


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