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Para ter Rui no Senado em 2022, só com contorcionismo

 


por Fernando Duarte

Para ter Rui no Senado em 2022, só com contorcionismo
Foto: André Carvalho/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

O cuidado do governador Rui Costa ao falar sobre a especulação de que pode ser candidato ao Senado em 2022 é facilmente explicado. Para fechar a conta envolvendo PT, PSD e PP na chapa majoritária do próximo ano, o não lançamento da candidatura dele é parte de uma das variáveis dessa equação. Serão três vagas disponíveis e o PT planeja manter a cabeça de chapa, com o nome do ex-governador Jaques Wagner aparecendo como principal aposta. Como sabemos, dificilmente PSD e PP aceitariam ficar de fora da festa.

 

Diferente de 2018, quando a oposição não tinha uma candidatura competitiva, o próximo pleito terá a presença de ACM Neto, um nome construído ao longo dos últimos anos e que promete dar consistência ao debate. Por isso há tanto esforço para manter a coesão entre as maiores legendas que integram a base aliada do governo estadual. Foi assim com a disputa na Assembleia Legislativa da Bahia, com o embate pela presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB) e também com os flertes de governistas com os adversários.

 

As consequências de uma eventual ruptura podem gerar um reforço da candidatura do “outro lado”, algo que nenhum político experiente apostaria como impossível. O PP, por exemplo, pressiona com frequência o governo sob a expectativa de criar condições que justifiquem abandonar o barco caso prevejam um naufrágio. Tudo vai depender de como se conduz o processo e a construção da chapa majoritária. Com Rui fora da disputa, Otto tentaria a reeleição ao Senado sem entraves e João Leão indicaria um vice, já que não pode exercer mais uma vez o cargo. É um dos caminhos possíveis.

 

Outra hipótese que seria considerada é o tal “projeto nacional” para o qual Rui estaria disposto a contribuir. Isso jogaria no colo de Leão o governo a partir de abril, o que também pode servir para frear qualquer ímpeto do PP em deixar a base. O complexo é confiar que o vice-governador não trocaria de lado com a caneta na mão, dado aos constantes “namoros” de filiados à sigla com a oposição. Tanto Rui emplacar nacionalmente quanto Leão receber de mão beijada o Palácio de Ondina são hipóteses bem remotas. Mas não completamente descartáveis.

 

Por mais que haja um esforço em fingir que o debate de 2022 não esteja acontecendo, todas as articulações realizadas mostram exatamente o contrário. Antecipar quais são os próximos passos de todos os jogadores é o grande desafio dos operadores da política. Isso explica porque Rui precisa tomar cuidado ao falar do próximo ano. É daí que surge tanta cautela ao tratar do assunto. Errado, tenha certeza, ele não está.

 

Este texto integra o comentário desta terça-feira (9) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para a rádio A Tarde FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: SpotifyDeezerApple PodcastsGoogle Podcasts e TuneIn.

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