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'Jamais defenderei o indefensável', diz general que comandou o GSI sobre decisão de não punir Pazuello

 


Questionado pelo blog sobre o impacto da decisão do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello por participar de evento político, o general da reserva Sérgio Etchegoyen, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, disse que jamais defenderá o indefensável. E ressaltou a importância dos princípios da hierarquia e disciplina.


Mesmo assim, Etchegoyen afirmou que se sente impedido de fazer críticas ao comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, que tomou a decisão sobre Pazuello.


“O que te posso dizer é que por toda a minha carreira procurei ser disciplinado e exerci, quando me tocou, a necessária ação disciplinadora. Exatamente porque sigo teimosamente acreditando nos princípios sagrados da hierarquia e da disciplina, sinto-me impedido de criticar qualquer ato do comandante do Exército. Por outro lado, jamais agredirei minhas convicções para defender o indefensável”, disse general Etchegoyen, que também foi chefe do Estado Maior do Exército.

Como informou o blog nesta quinta-feira (3), generais demonstraram preocupação com a decisão do comandante Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira de não punir o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, pela participação em um evento político com o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, no último dia 23.


A percepção interna é que o presidente Jair Bolsonaro enquadrou o Exército ao deixar claro que não aceitaria punição de Pazuello.


Nesses últimos dias, o presidente deu sinalizações claras de que blindaria o ex-ministro da Saúde. O temor nas Forças Armadas é que se intensifique um movimento de politização dos quartéis.


Segundo a corporação, "não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar" por parte de Pazuello. Com a decisão do comandante Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o processo disciplinar foi arquivado.


O Regulamento Disciplinar do Exército e o Estatuto das Forças Armadas proíbem a participação de militares da ativa em manifestações políticas. No ato que gerou o procedimento disciplinar, Pazuello chegou a subir no trio elétrico com Bolsonaro e fazer um breve discurso.


A punição para Pazuello poderia ir de advertência a prisão. Nos bastidores, Bolsonaro defendeu que o ex-ministro não fosse punido. Além de militar da reserva, o presidente é o comandante em chefe das Forças Armadas – por isso, superior hierárquico ao comandante do Exército.


A presença do general no evento político ao lado de Bolsonaro foi criticada inclusive por militares. Na ocasião, o vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva, defendeu a regra que veda participação de militares da ativa em atos políticos para "evitar que a anarquia se instaure dentro" das Forças Armadas. Mas, nesta quinta, preferiu não comentar a ausência de punição a Pazuello.


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