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Testemunha relatou à polícia que teve partes íntimas tocadas por Daniel Alves, diz jornal

 


O jornal catalão “La Vanguardia” publicou nesta terça-feira informações do testemunho à polícia de outras pessoas que estiveram na boate Sutton, em Barcelona, no dia do episódio em que Daniel Alves é investigado por agressão sexual. O periódico destaca as declarações de duas jovens que acompanhavam a suposta vítima.


Segundo o jornal, ela esteve acompanhada naquele dia de uma amiga, que contou aos investigadores que o jogador brasileiro a teria apalpado violentamente e passado a mão em suas partes íntimas, até ela conseguir se desvencilhar e ir embora.

Ainda de acordo com o "La Vanguardia", a unidade especial contra agressões sexuais da Polícia da Catalunha (Mossos d’Esquadra) recorreu a relatos de "dezenas de pessoas" que estiveram no local naquela noite.

Uma pessoa ouvida foi o porteiro da boate, que teria interpretado o ataque de ansiedade da suposta vítima como um sinal de que algo não estava bem. Outro foi um dos funcionários da área VIP, que teria convencido às amigas a se juntarem a mesa de Daniel Alves.


A prima da suposta vítima teria ficado na área reservada com Bruno, um amigo do jogador. Os dois teriam trocado mensagens depois por Instagram, e ele teria oferecido ajuda. A vítima entregou aos investigadores capturas de tela dessa conversa.

Acusação de agressão

Os principais jornais da Espanha – como "El País" e "El Mundo", de Madri, e "El Periódico" de Barcelona – publicaram trechos do depoimento prestado à Justiça pela mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual. O jogador está em prisão preventiva sem direito a fiança. Ele nega ter cometido o crime do qual é acusado.


De acordo com os relatos publicados pela imprensa espanhola, a vítima contou no depoimento que no dia 30 de dezembro de 2022 estava na boate Sutton, em Barcelona, quando o grupo do qual fazia parte recebeu um convite para entrar numa área VIP. Um garçom as levou até uma mesa onde estava Daniel Alves, a quem a vítima inicialmente não reconheceu. Um grupo de mexicanos, amigos do jogador, o apresentou à denunciante.

Segundo os jornais, a vítima relatou à Justiça que ela e Daniel Alves dançaram juntos até que o jogador "levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada". Por volta das 4h30 da madrugada, ele pediu a ela para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido a agressão.


Sempre de acordo com o depoimento da denunciante, ela teria tentado sair do banheiro, mas foi impedida. Daniel Alves a teria penetrado de maneira violenta até ejacular. Ele teria sido o primeiro a deixar o banheiro. Quando ela saiu, contou o que aconteceu a uma amiga. Quando a segurança do local foi informada, o lateral já tinha deixado a boate.


A vítima foi imediatamente fazer exames num hospital. De acordo com os jornais espanhóis, estes exames detectaram a presença de sêmen em seu vestido – o que teria embasado o decreto de prisão preventiva por parte da Justiça. Dois dias depois, ela fez a denúncia à polícia.


A associação de casas noturnas da Catalunha (Fecasarm) e da Espanha (Spain Nightlife) entraram com documento na Justiça solicitando poder exercer acusação popular na causa, por entenderem que o caso pode "afetar interesses coletivos".


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