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Contrariado, governo vai pressionar Senado por saída de Campos Neto


 A decisão do Copom, conduzida por Roberto Campos Neto, de manter a taxa de juros em 13, 75%, o que contrariou Lula, acelerou uma estratégia nos bastidores que estava sendo tratada como defesa por parte de setores do PT: pressionar pela saída de Campos Neto. Como o presidente do BC repete a interlocutores que não renuncia, a única saída possível seria a destituição dele por meio do Senado Federal. Campos Neto tem autonomia, determinada em lei. A lei de autonomia do Banco Central fixou mandato de quatro anos ao presidente do BC, blindando o chefe da instituição de possíveis interferências políticas. Seu mandato vai até o fim de 2024.

Se Campos Neto apresentar desempenho insuficiente para alcançar os objetivos do BC, ele pode ser demitido após decisão do presidente da República, mas a decisão precisa de aval do Senado Federal. A votação no Senado é secreta.

O blog apurou junto a interlocutores de Rodrigo Pacheco (PSD), presidente da Casa, que não há ambiente para destituir Campos Neto do cargo. Como o blog já publicou, permanece a avaliação entre senadores da própria base de Lula no Senado que destituir Campos Neto seria uma saída ''traumática".


Na manhã desta quinta-feira (23), ministros do governo ouvidos pelo blog, no entanto, afirmaram que a linha do Executivo vai ser clara: seguir polarizando com a figura de Campos Neto e buscando responsabilizá-lo por uma eventual crise econômica, pois, caso contrário, a crise econômica "cairá no colo de Lula".


A ideia é pressionar senadores para começar a mudar o ambiente pela saída de Campos Neto. O argumento adotado nos bastidores do Palácio do Planalto é de que, hoje, pode não haver votos, mas "senadores também vão sentir a pressão social" com crédito rareando, desemprego, por exemplo, e não vão conseguir segurar - se o BC não mudar de posição. "Não tem voto até que tem", desafia um ministro do Palácio do Planalto.


Ontem, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, chamou de "preocupante" a decisão do Copom - mas evita antagonizar com Campos Neto. Nos bastidores, no entanto, existe uma defesa para que os novos diretores do Banco Central façam o contraponto a Campos Neto, quando indicados.


Haddad disse em coletiva que apresentou seis nomes a Lula e que os nomes vão ser anunciados na volta da viagem da China. A declaração de Haddad vai na contramão do que disse Rui Costa (PT) ao "Estudio i", na GloboNews, na terça-feira. O ministro da Casa Civil disse que os nomes estavam escolhidos e avalizados por Lula.


Mercadante e o Dilma 3


Técnicos da Fazenda avaliam que foi um "erro" o presidente Lula ter alçado Campos Neto a interlocutor político - o que acabou por blindá-lo junto a setores mais conservadores como mercado financeiro - além de contar com o apoio da cúpula do Congresso e dos parlamentares à direita do Senado. Como Campos Neto tem sinalizado que não vai ceder ao governo, há um temor nos bastidores de que o governo Lula entregue a "solução" para uma "saída Mercadante", capitaneada pelo BNDES - reproduzindo uma política errática econômica que parlamentares e empresários chamam de "Dilma 3".


Defensor e amigo de Campos Neto, até o presidente da Câmara entrou em campo ontem para pedir ao presidente do BC que não deixe Haddad na chuva, pois, nas palavras de interlocutores de Lira, “isso vai soltar Mercadante”. Na avaliação de Lira, nos bastidores, Campos Neto poderia ter ajudado um pouco já sinalizando a queda de juros.

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