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Brigas, socos e multas: a linha do tempo das confusões no Flamengo

 


O momento turbulento do Flamengo começou há quase três meses, quando as divergências entre jogadores se tornaram públicas. De lá para cá, outros momentos de conflitos marcaram o Rubro-Negro: discussão entre Gabigol e Marcos Braz, soco em Pedro e recente briga entre Gerson e Varela.

No fim de maio, às vésperas do Fla-Flu da Copa do Brasil, as primeiras notícias sobre a divisão do elenco chamaram atenção. Plantel dividido não é novidade no futebol e, no caso rubro-negro, foi tratado com naturalidade, mas a falta de comunicação interna virou assunto nos corredores do Ninho do Urubu.

Demorou pouco mais de um mês até nova polêmica. No início de julho, Gabigol e o vice de futebol Marcos Braz discutiram no intervalo da partida contra o Fortaleza pelo Brasileirão. Houve gritos e muitos xingamentos no vestiário. O motivo? As críticas do atacante ao gramado do Maracanã, tido como responsável pela lesão no tornozelo direito naquela partida.

O atacante foi multado por ato de indisciplina e recebeu suspensão de um jogo, que acabou sendo cumprido durante o período que ficou afastado por conta da lesão.


21 dias depois mais uma confusão. A virada do Flamengo sobre Atlético-MG foi marcada pela agressão do então preparador físico Pablo Fernández em Pedro, que se recusou a fazer o aquecimento durante a partida. A situação foi parar na delegacia de Belo Horizonte.

O preparador pediu demissão dias depois, e Sampaoli foi mantido no cargo pela diretoria do Flamengo. O caso ganhou um novo capítulo por conta da ausência do jogador no primeiro treinamento após o episódio. O atacante faltou sem aviso prévio. A atitude foi considerada indisciplina, e o camisa 9 foi multado e suspenso da partida contra o Olimpia, pela Libertadores.

Esta, no entanto, não é a única agressão no Flamengo nesta temporada. Na última terça-feira, Gerson deu socos em Varela após um desentendimento em treinamento no Ninho do Urubu. O lateral fraturou o nariz, e o volante saiu com a mão machucada.


A situação transformou o Ninho do Urubu em uma sala de reuniões. Filipe Luís, no mesmo momento, reuniu os jogadores e cobrou uma mudança de comportamento. O lateral afirmava a todo mundo que não dava para continuar deste jeito e que é preciso pensar no Flamengo acima de tudo.

Logo depois, mais uma reunião. Sampaoli, Bruno Spindel (diretor executivo) e os líderes do elenco (Gabigol, Rodrigo Caio, Filipe Luís e Everton Ribeiro) tiveram um bate-papo por alguns minutos. Foram dois embates físicos em duas semanas, e a situação é vista como inadmissível.


São quase três meses de um cenário bem conturbado no Flamengo, que já vive uma temporada recheada de decepções: cinco eliminações (Supercopa, Mundial, Recopa, Carioca e Libertadores). Vivo na Copa do Brasil, o Rubro-Negro enfrenta o Grêmio, nesta quinta-feira, no Maracanã, talvez no momento mais delicado do ano.

Outros casos de indisciplina

Foi em fevereiro o primeiro caso de indisciplina no Flamengo. Na ocasião, Vidal cometeu dois erros e acabou multado pelo Flamengo. O primeiro aconteceu durante uma live em que disse que "se o Colo Colo quisesse ser campeão da Libertadores, teria de buscá-lo no Rio". O outro erro foi no fim da vitória sobre o Boavista quando arremessou as chuteiras no gramado ao saber que não seria utilizado.


Em maio, Marinho se recusou a viajar para enfrentar o Ñublense, no Chile, pela Libertadores. O jogador alegou dores e contrariou a ordem de Sampaoli, que era ter todos os atletas na delegação mesmo aqueles que estivessem em recuperação. Marinho foi multado e afastado do elenco de jogadores por alguns dias até ser reintegrado. Logo depois foi negociado com o Fortaleza.


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