Após decidir que vai admitir a venda de joias a mando do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmou a interlocutores que "agora, é a hora de proteger a minha família".
Ver a família sendo alvo de investigações da Polícia Federal (PF) foi determinante para que Cid tomasse a decisão de confessar que vendeu as joias recebidas como presentes ao governo brasileiro e admitir que entregou o dinheiro a Bolsonaro.
O pai de Cid, Mauro Cesar Lorena Cid, foi alvo de um mandado de busca e apreensão no dia 11 de agosto, durante uma operação da Polícia Federal.
Lorena Cid é general do Exército e foi colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), nos anos 1970. Segundo as investigações, ele é suspeito de negociar as joias e outros bens nos Estados Unidos.
Ainda de acordo com a PF, o militar recebeu o dinheiro da venda das joias e relógios em uma conta que tinha nos Estados Unidos.
Cid filho vai falar
Na noite desta quinta-feira (17), o advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, afirmou que o ex-ajudante de ordens vai dizer que entregou dinheiro a Bolsonaro após vender nos Estados Unidos joias que foram dadas como presentes ao governo brasileiro.
A informação foi revelada pela "Veja" e confirmada pela TV Globo. Preso desde maio, Cid era um dos principais homens de confiança de Bolsonaro ao longo do mandato na Presidência.
De acordo com o Tribunal de Contas da União, os presentes recebidos deveriam ser incorporados ao acervo da União, e não vendidos como itens pessoais.
Bittencourt assumiu a defesa de Cid na terça-feira (15). Ele é o terceiro advogado do caso desde que Cid foi preso. Bittencourt, em entrevista à GloboNews nesta semana, já havia dito que Cid apenas cumpria ordens.
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