por Ricardo Della Coletta e Gustavo Uribe | Folhapress

Foto: Alan Santos / PR
Meses depois de o presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarar que países estrangeiros queriam comprar a Amazônia e de recusar ajuda financeira para a floresta, o governo brasileiro vai aproveitar a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP-25, para pedir doações a nações desenvolvidas destinadas a um novo fundo de preservação do bioma.
Um mecanismo que já existia com objetivo semelhante, o Fundo Amazônia, foi paralisado após a extinção, por Bolsonaro, dos conselhos que o geriam. O ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) também tentou mudar regras de gestão do Fundo Amazônia e apontou indícios de irregularidades em projetos apoiados pelo mecanismo, em outras ações que contribuíram para a suspensão de repasses por seus principais doadores.
Em dez anos, cerca de US$ 1,3 bilhão foi doado ao Fundo Amazônia, principalmente pela Noruega e pela Alemanha.
Nos primeiros meses de seu mandato, Bolsonaro foi um forte crítico de ações patrocinadas por estrangeiros, principalmente europeus, para a proteção ambiental na Amazônia. Ele já declarou que governos de outros países estavam tentando "comprar à prestação" a região.
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