O procurador-geral da República, Augusto Aras, garantiu que não vai se omitir caso o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 trouxer denúncias contundentes contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Serão tomadas todas as providências”, garantiu Aras durante entrevista para a Band. Questionado sobre a desconfiança de que poderá engavetar acusações contra Bolsonaro, o PGR afirmou que vai agir caso necessário. Os integrantes da CPI criaram uma estratégia para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o caso sem a participação de Aras.
“O problema é saber se estaremos omissos. Quem me conhece pode dizer que posso pecar por ação, não por omissão”, disse. Segundo ele, ser discreto e não fazer escândalo não significa ser omisso.
Na entrevista, Aras detalhou a atuação de um grupo criado no Ministério Público para acompanhar a evolução da pandemia do ponto de vista jurídico, com a atuação de 150 promotores e procuradores.
"Temos um trabalho alentado, que foi entregue à CPI", afirmou. Segundo ele, esse grupo acompanhou diariamente a comissão. Ele definiu a apuração parlamentar como relevante e lembrou que casos como o da Prevent Sênior já são investigados pelo Ministério Público.
Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) decidiu propor em seu texto final o indiciamento do presidente e de outros três ministros de seu governo: o titular da Saúde, Marcelo Queiroga, o atual ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o atual ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
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