O governador da Bahia, Rui Costa (PT), nos minutos iniciais do seu discurso de abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), teceu duras crítica ao governo federal. Na visão do petista, existe um “vácuo de governabilidade” por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Os posicionamentos espantosos do Governo Federal impactam negativamente a economia e a vida de todos. A completa ausência de respeito e de diplomacia, somada às constantes ameaças ao ambiente democrático, à Suprema Corte e ao processo eleitoral criam um sentimento de enorme insegurança jurídica e institucional, resultando na retirada de investimentos nacionais e internacionais. Sem dúvida, essa será uma das páginas mais tristes da História do Brasil”, discursou.
“Esse vácuo de governabilidade provocou o aumento do número de pessoas pobres e extremamente pobres no país inteiro, inclusive aqui, na Bahia. Diante desse caos, voltamos a integrar o Mapa da Fome, que já atinge mais de 7,5 milhões de brasileiros, segundo os organismos internacionais – FAO, OMS e ONU. A insegurança alimentar aumentou mais que o dobro entre 2018 e 2021”, completou.
Para Rui, o cenário é de muita fragilidade social e econômica. “O desemprego atinge 13% da população nacional e o percentual de trabalhadores informais chegou a 40,6% dos ocupados, ou seja, 38 milhões de pessoas. A subocupação já supera 20% da nossa força de trabalho (…) O governo Federal perdeu o controle sobre a inflação, que já atingiu a casa dos dois dígitos, mais de 10%, o seu maior patamar desde 2003”.
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“Apesar disso tudo, precisamos afirmar sempre os valores da esperança. O Brasil é muito maior do que aqueles que, no momento, conduzem nosso país. É muito maior do que esse sentimento de ódio que alguns teimam em propagar. Somos maiores do que esse pensamento escravocrata e desumano, que reproduz a exclusão social”, disse.
Esse é o último discurso de Rui Costa de abertura dos trabalhos do legislativo como governador da Bahia após quase oito anos de gestão.
INFRAESTRUTURA - Outra tema utilizado por Rui para atacar o governo federal foi o setor de Infraestrturua. Para o peitsta, muito ainda deve ser feito para alavancar os investimentos no setor no Brasil e na região.
"Hoje, o País não tem poupança e nem prestígio suficientes para realizar esses aportes. Na minha opinião, precisamos resolver dois grandes desafios: atrair o interesse internacional e, para isso, a condição é recompor, nacionalmente, a estabilidade institucional e a segurança jurídica. Como ocorre com todos os demais estados, a Bahia também se ressente da ausência de projetos estruturantes do Governo Federal para o desenvolvimento da nossa nação", disse.
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