O comentarista Gerson Camarotti analisa a expectativa para os próximos movimentos do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, preso por omissão e conivência com os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele foi detido logo que chegou ao aeroporto de Brasília, na manhã do último sábado (14).
Há a preocupação do núcleo em volta de Bolsonaro com o que seriam os próximos passos de Torres. Ele prestará depoimento, ainda sem data definida, mas já foi possível apurar que ele está se sentindo abandonado pelo ex-presidente da República, o que aumentaria as chances de uma possível delação.
Anderson Torres viu sua situação complicar bastante no final da última semana. Além da acusação de omissão nos atos golpistas do dia 8 – uma vez que era o responsável pela segurança do DF –, foi encontrada na quinta-feira (12) a minuta de um decreto para instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022.
Nas redes sociais, Torres afirmou que se tratava de um documento dentre vários em uma pilha de papéis que iriam ser descartados quando ele retornasse dos EUA.
Minuta: o que é o documento achado na casa do ex-ministro de Bolsonaro
O que é minuta?
À "Minuta" é o nome que se dá ao esboço de um documento qualquer. Normalmente, as minutas são utilizadas como rascunho de documentos oficiais.
Minuta era para tentar mudar resultado das eleições
O conteúdo do papel tratava da possibilidade de instauração do estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral com o objetivo de alterar o resultado da eleição presidencial de 2022, em que o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Lula da Silva, saiu vitorioso. Uma medida dessas é considerada inconstitucional.
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