O ex-vice-prefeito de Itabuna, Enderson Guinho, não poupou críticas ao deputado Pancadinha após a decisão do parlamentar de romper com ACM Neto e se alinhar ao governador Jerônimo Rodrigues. A movimentação, que pegou parte da oposição de surpresa, foi tratada por Guinho como uma traição — não apenas política, mas simbólica.
“A decisão dele não apenas surpreende, mas desrespeita o sentimento de muitos. Parece que traiu ou abandonou ACM Neto, mas, na verdade, foi contra todos nós que vestimos a camisa, demos a cara nas ruas e defendemos o seu nome”, disparou Guinho.
A crítica, entretanto, foi além da ruptura partidária. Para o ex-vice-prefeito, o argumento usado por Pancadinha — de que a aliança com o governo estadual visa atrair mais investimentos para Itabuna — é pouco convincente. “Essa desculpa não cola. Ele fez festas, ações, teve estrutura. Se fosse por fazer algo, não teria perdido para Augusto no próprio bairro. O que o povo quer é coerência”, completou.
Nos bastidores, a fala de Guinho acende um sinal de alerta na oposição local, que vive um momento de fragmentação e disputa interna. A troca de lado de Pancadinha é vista por aliados históricos como um movimento arriscado que pode custar caro em 2026 — e talvez antes disso.
Como diria um velho conhecido da política: confiança é difícil de ganhar e fácil de perder. Em Itabuna, parece que Pancadinha está descobrindo isso da forma mais dura.
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