O ex-presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que deixará a sigla até abril de 2026 e acusou o atual líder do partido, Antonio Rueda, de negociar o controle de diretórios estaduais e municipais em troca de propina.

Segundo Bivar, Rueda teria “vendido” diretórios no Rio de Janeiro, São Paulo e em “tantos outros” estados, recebendo valores ilícitos. O deputado também relatou que o presidente do partido teria alugado um apartamento no hotel George V, em São Paulo, para receber “encomendas” ligadas a negócios do escritório de advocacia, que mais tarde descobriu serem propinas.

Bivar acusa ainda Rueda de “formar uma quadrilha familiar” dentro do partido, preenchendo postos de delegados com aliados e funcionários próximos para garantir maioria nas decisões internas.
O ex-dirigente também apontou o envolvimento do ex-prefeito de Salvador e secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, na articulação que levou Rueda à presidência da legenda. Segundo ele, Neto teria aproveitado uma crise envolvendo o diretório do Amazonas para afastá-lo do comando e oferecer apoio político a Rueda, prometendo torná-lo presidente.

Bivar afirmou que manteve aliança com Rueda por mais de 20 anos, pagando R$ 200 mil mensais por serviços advocatícios, e que ACM Neto sabia com quem estava se associando ao apoiá-lo.

Em resposta, Antonio Rueda classificou as declarações como “delírios e calúnias”, acusando Bivar de usar as denúncias para justificar sua “irrelevância política” após ser rejeitado nas urnas, afastado pela Justiça e responder a processos. Rueda também disse que Bivar ameaçou sua filha de 12 anos, o que o deputado nega.

Até o momento, ACM Neto não se pronunciou sobre o caso.