O empresário Eike Batista é considerado formalmente foragido da
Justiça. A GloboNews informou na tarde desta quinta-feira (26) que o
nome de Eike foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, o
que possibilita sua prisão por qualquer força policial do país em que
esteja.
Eike teve sua prisão decretada pela Justiça no âmbito da operação
Eficiência, que investiga a participação do empresário em um esquema de
lavagem de dinheiro desviado de obras públicas e enviado para o
exterior. O beneficiário dos recursos enviados para contas em paraísos
fiscais era o ex-governador Sérgio Cabral.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, decretou a
prisão do empresário por considerar que Eike mentiu ao prestar
depoimento ao Ministério Público Federal (MPF). Segundo as
investigações, ele pagou US$ 16,5 milhões (cerca de R$ 52 milhões) em propina a Cabral em troca de facilitações para fechar contratos públicos no Rio.
Eike Batista embarcou para Nova York (EUA) na última terça-feira (24), segundo confirmou seu advogado, Fernando Martins, que também afirmou que seu cliente está "à disposição para esclarecer tudo".
O grupo de Cabral é suspeito de ocultar no exterior aproximadamente US$
100 milhões (cerca de R$ 340 milhões), dos quais o ex-governador teria
ficado com US$ 80 milhões. Ao todo, foram expedidos nove mandados de prisão preventiva
(sem prazo para terminar), mas três dos alvos já estavam presos: além
de Cabral, seus operadores Wilson Carlos e Carlos Miranda.
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