Type Here to Get Search Results !

Player Web Rádio Falando Francamente

Ibi Terra Santa
Câmara Municipal de Ibicaraí Ibi Terra Santa

IMAGENS

Exército ficará desmoralizado se não punir Pazuello, avaliam interlocutores de militares da ativa

 Por Valdo Cruz

Comentarista de política e economia da GloboNews. Cobre os bastidores das duas áreas há 30 anos



O comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ficou numa situação complicada. Ou pune o general Eduardo Pazuello por participar de manifestação ao lado do presidente Jair Bolsonaro no Rio ou fica desmoralizado, criando o risco para a volta da anarquia nos quartéis. A avaliação é de interlocutores de militares da ativa.


O presidente Jair Bolsonaro provocou aglomeração durante um passeio de moto na manhã deste domingo (23), no Rio de Janeiro. O ato contou com a participação de políticos como o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

General da ativa, Pazuello participou do ato sem máscara e falou para motoqueiros reunidos para dar apoio a Bolsonaro. Como ainda é da ativa, ele acabou infringindo o Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar do Exército, que proíbem militar da ativa de participar de manifestação coletiva de caráter político sem autorização.


Segundo o regulamento do Exército, comete uma transgressão disciplinar o militar que se manifestar, publicamente, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária. Também são vedadas manifestações coletivas de caráter político aos militares da ativa.

Para interlocutores de militares da ativa, se o Comando do Exército não punir Pazuello, a mensagem que será passada para as tropas "é que, se um general faz isso e não é punido, um sargento também pode, um tenente, um capitão também".


O Exército não se pronunciou neste domingo (23). A expectativa é que isso ocorra nesta segunda-feira (24), em reunião para tratar do caso. Não há nenhuma informação de que Pazuello tenha sido autorizado a estar ao lado do presidente na aglomeração realizada no Rio.


Se de um lado o comandante Paulo Sérgio Nogueira corre o risco de se desmoralizar se não punir Pazuello, por outro pode criar uma tensão com o Palácio do Planalto, já que o ex-ministro da Saúde foi chamado ao evento pelo presidente da República. Bolsonaro pode, inclusive, anular uma eventual punição a seu ex-ministro da Saúde.

Pazuello foi celebrado dentro do Palácio do Planalto depois de ir à CPI da Covid e, no seu depoimento que durou dois dias, ter adotado uma estratégia de blindar o presidente Jair Bolsonaro. Agora, Pazuello será reconvocado pela comissão.


Durante seu depoimento, ele disse que defendia o uso de máscara e o distanciamento social. Na manifestação de domingo, ele não só participou da aglomeração de motociclistas, como também não usava máscara pelo menos durante uma parte do evento.



Tags

Enviar um comentário

0 Comentários

ANÚNCIE AQUI

ANÚNCIE AQUI

ANÚNCIE AQUI

#