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PF prende quatro PMs em Brasília suspeitos de colaboração ou omissão nos atos golpistas

 


A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (7) quatro policiais militares suspeitos de se omitir no enfrentamento e colaborar com os atos golpistas de 8 de janeiro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.


Segundo apuraram a TV Globo e a GloboNews, os alvos são:


o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF;

o capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da Polícia Militar;

o major Flávio Silvestre de Alencar, envolvido na ação que "liberou" o acesso dos vândalos ao prédio do Supremo Tribunal Federal (vídeo abaixo);

o policial Rafael Pereira Martins.

A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal acompanha a ação.


Os mandatos compõem a quinta fase da operação Lesa Pátria e, além das prisões, há ainda seis ordens de busca e apreensão.

A suspeita de omissão e conivência das polícias locais no dia das ações golpistas levou à destituição e à prisão de integrantes da cúpula da segurança pública do DF – incluindo o então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, e o então comandante da PM, Fábio Augusto Vieira.


Em nota, a defesa de Jorge Naime afirma que o coronel "agiu conforme a lei e a técnica, realizando todas as prisões ao alcance das condições materiais com as quais contava no momento".


"O avanço das investigações demonstrará a inocência do Coronel, que há 30 anos presta serviços relevantes à população do Distrito Federal", disse.

Operação Lesa Pátria

Nas últimas semanas, mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos contra pessoas envolvidas diretamente na depredação ou que financiaram ou planejaram os atos terroristas em Brasilia.


Até o último dia 6 de fevereiro, foram cumpridos 16 mandados de prisão e 31 mandados de busca e apreensão nas fases anteriores da operação Lesa Pátria, que se tornou permanente.

As investigações já levaram à denúncia de mais de 900 suspeitos —a maior parte foi detida ainda no dia dos ataques.


As ações já foram deflagradas a partir de investigações da PF, da PGR (Procuradoria Geral da República) e da Polícia Legislativa do Senado. Em todos esses casos, os mandados foram expedidos e autorizados pelo STF.

Os ataques contra o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF completam um mês nesta quarta-feira (8).

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