No último sábado, durante participação no programa Frequência Política, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), foi provocado pelo analista político João Matheus sobre a possibilidade de retomar a aliança com o ex-prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, figura histórica do carlismo no sul da Bahia.
Com tom conciliador, Neto elogiou Azevedo e afirmou que pretende “trabalhar pela reaproximação”. Mas, nos bastidores, a resposta já veio — e com gosto de vingança. O site conversou com pessoas próximas ao ex-prefeito de Itabuna, e o recado foi direto: “Traição se paga com traição”.
A mágoa vem de 2024, quando ACM Neto retirou de última hora a legenda do União Brasil que garantiria a candidatura de Azevedo à prefeitura de Itabuna. Em vez disso, o partido apoiou o deputado Pancadinha (SDD), que agora também abandonou Neto e declarou apoio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT).
“Zero chance de Azevedo apoiar ACM Neto”, cravou uma fonte ligada ao ex-prefeito, sob condição de anonimato. “Ele trocou um aliado de 30 anos por uma aposta que o traiu na primeira curva. Agora está colhendo o que plantou.”
Outra voz próxima a Azevedo foi ainda mais incisiva:
“ACM Neto não foi correto com Azevedo. Ele se manteve leal ao grupo mesmo nos momentos difíceis. Foi prefeito pelo DEM em baixa, segurou a bandeira do carlismo e foi rifado. Essa ruptura teve preço: a derrota e o isolamento político. Hoje, Azevedo está mais perto de Jerônimo do que de Neto.”
Com o cenário cada vez mais cristalizado, o que se desenha em Itabuna é um novo capítulo da guerra fria entre os herdeiros do carlismo e os aliados do governo petista. E, pelo visto, Capitão Azevedo já escolheu de qual lado da trincheira estará em 2026.
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